terça-feira, 9 de outubro de 2007

Hoje acordei bem disposto...


Hoje acordei bem disposto
E em casa, no meu conforto
Tal como havia proposto
“Ofereço” um vinho do porto.

A história que vou contar,
Verdadeira, não é léria!...
É para Agente pensar
Pois envolve gente séria!...

Tão séria, que o comandante
E guarda do material,
Ocupa cargo importante
No elenco Municipal!

Não é um cargo qualquer!
Pois tem douradas divisas!
Na terra, se quer saber,
Tem por alcunha “o camisas”.

Então, o que se passou
E que deve ser contado?
Chamadas que alguém escutou
Mal foram feitas de lado!

Segundo o Zé apurou,
Não interessam a ninguém! (?)
Mas a Pê Jota visitou
Na fábrica um armazém.

Tanto Porto Contrafeito!
Pura falsificação!
Mas rotulado a preceito
Na máxima perfeição!

Directamente envolvido
Na rotulagem das vinhas,
O Dito, ao ser surpreendido,
Puxou pelos seus Pergaminhos.

Tem jeitinho pró direito
Que não levou afinal
Não precisou, paro o efeito,
De medicina legal!




O seu título de doutor (?)
Ajudou bastante nisto.
Por falso, ainda é pior
Que o primeiro-ministro!

Declarou ser inocente:
“Num fui contrabandista!
Mixordeiro! Francamente!
Acham assim tão artista?”

“Sou um homem respeitado
Um conhecido empresário
Autarca muito estimado,
Não sou um qualquer vigário!”

“E os selos?” Perguntou
Um polícia algo intrigado.
“Todos falsos! Já pensou,
Quanto ao fisco foi roubado?!!”

“Não sabia”, disse ele!
“Pensei ser tudo legal
Ponham-se na minha pele
É produto nacional!”

“Vinho bom!, não me desminta,
Um verdadeiro tesouro!”
“Só se for da sua quinta
Sobranceira ao Rio Douro…”

“Diga lá: Mas afinal,
Para quê tão grande stock?!”
“São prendinhas para o Natal.
Dá à empresa outro enfoque!”

Um vinho de qualidade!
Uma camisa! Excelente!
“Mas com tanta quantidade
Embebeda toda a gente!”

“Cheira-me a negócio sujo
Metido neste baralho!”
“Compro por grosso, não fujo,
As sobras vendo a retalho.”

“E se houver algo ilegal
A culpa não será minha.
Fui enganado. Afinal
Eu nem sabia o que tinha!”

“E nunca fui produtor,
Não tem nada haver comigo!”
“Calminha senhor doutor
Já está preso o seu amigo!”

“Gente boa! Na prisão
Construí um alambique.
Faz água-ardente. E então,
Precisa que lhe explique?”

“Com qualquer fruta excedente
(Deixou a todos confusos!)
Pois com uma bela água-ardente
Embebedou os reclusos!”

“Esse sim, um socialista,
De facto Sempre Presente!
Um preso nada egoísta,
Amigo de toda agente”!

“Não esta só o senhor doutor,
Há muitos mais envolvidos.
São, a contar com o senhor
Duzentos os arguidos!”

Apesar das evidências
O caso foi arquivado,
Não sei se por influências
Do vinho que foi levado!

Entretanto, soube o Zé,
Extraíram-se certidões,
Que indicam até
Existirem mais razões…

Foi com muita pena minha
Que ao saber disto pensei:
“Nunca tive uma prendinha
Nas camisas que comprei!”

O que vale é a Cooperativa
Ter bons vinhos para vender.
Uma boa alternativa
Com a bênção do chanceler!

Mais um caso conhecido
Entre tantos no país
Em que ninguém vai punido
É o Zé quem vo-lo diz.

Pela experiência acumulada,
Num ramo que dá pastel,
Sugiro a nossa pomada
Com a marca “Fatifel”!

Por hoje termino então,
Pois acho que tenho dito,
Saudando a iluminação
Do palácio de granito.

O meu blog está a chegar
P’ra me lerem mais e mais
Na próxima irei falar
Das obras municipais.

1 comentário:

Anónimo disse...

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