sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Testamento Carnaval 2009

Testamento 2009


Objectivando manter
A tradição Ancestral
De O TESTAMENTO se ler
Sempre que é Carnaval,


Decidi-me em pensamento
Mais uma vez escrevê-lo.
Aqui está o testamento
Segundo o Zé do Bustelo.

Porém leiam, meus amigos
(Olhando à sua extensão)
Por dia só alguns artigos
P´ra melhor compreensão.

Esgrimi para todos os lados.
Acho que fui imparcial.
Se alguns ficarem chateados...
Paciência, é Carnaval...

Apresentação

Bem-vindos ao meu Cartório
Para o solene momento
Em que, após o crematório,
Vou abrir o Testamento.

Antes porém, já se vê
Devo-me identificar.
P´ra que todos de A a Z
Saibam quem lhes vai falar.

Alguns de vós, bem o sei,
Até nem gostam de mim
Por cumpridora da lei!
Mas eu cá sou mesmo assim!

É com pesar que estou aqui
Para abrir um texto selado
Querem saber quem eu sou?
Sou a Zezinha Morgado!

Em cumprimento de lei
P´ra que tudo corra bem,
Os herdeiros convoquei
Sem prejudicar ninguém.

Contudo, se alguém souber
Que outros deviam cá estar,
Faça o favor de dizer
Para eu os mandar chamar

Bem. Dada a constatação
Que ninguém falou na altura,
Se estão de acordo, eu então
Procederei à leitura.

Peço silêncio total,
P´ra não haver confusões:
Comentem só no final
Se para tal houver razões.

Todos calmos? Preparados,
Para ouvirem com atenção?
Os selos já estão cortados
E passo à leitura então...

Testamento

Sou o vosso Pai Entrudo.
E, prevendo o meu final,
Decidi dividir tudo,
Antes do dia fatal...

Não é fácil, podem crer,
Aquilo a que me proponho,
Deixar a quem deve ser
Os bens como aqui disponho.

Fiz tudo para ser justo.
Pensei muito e, só então,
Vim aqui com muito custo
Para lavrar a decisão.

Sei que alguns, os mais lambões
Acham curta a doação!
Os que só vêem cifrões,
Vida fácil, corrupção!!!

Porém, eu não me atormento
E, com toda a liberdade
Digo, que este testamento
Reflecte a minha vontade.

Passo então a descrever
A quem e o que deixei:
Depois já posso morrer
Em paz e como sonhei!

Ao Presidente da Republica
Deixo recados vitais:
Sirva bem a “causa pública”
Com os poderes constitucionais.

Exija o melhor trabalho
Ao Governo. E mais decoro!
Fique bem firme em seu galho
E não queira mais “namoro”.

E se um dia for preciso
Por o pé no rabo d`alguém
Não se impressione com o riso
Que o poder é o Senhor quem o tem.

P´ró Senhor Primeiro-Ministro
Não ter nada que dizer,
Deixo-lhe um caso imprevisto
Que até o pode “entreter”!

E já que tem duas caras
Deixo a tão Bom Português,
Um colete de sete varas
Com distinto “Corte Inglês”.

Assim, vai manter o porte
Do poder e presunção!
P´ra se afastar do Freeport
Como algo da acusação!

P´ra não o prejudicar,
Eu nem sequer o ataco
Deixo-lhe p´ró o “ajudar”
Toda a experiência do “saco”!!!

Deixo mais opiniões,
Dados novos, suspeição!
Jornais, rádios, televisões
P´ra manter a discussão!

Deixo-lhe mais tendo em vista
Esta História Aterradora:
Mais uma “Grande Entrevista”
Com a Senhora Procuradora!

Por fim, deixo-lhe a vitória
Nas eleições que disputa.
Porém, vai passar à história
A maioria absoluta!

Ah! Só mais uma coisinha
Pois que me lembrei agora
Vai ser sócio da Fatinha
Lá p´ras bandas da Amadora!

Mas antes, deixo-lhe então,
Contra quaisquer previsões
Como certa a demissão
Que antecipa as eleições!

P´ra Ministra da Educação
Enxergar outros valores
Deixo-lhe a desaprovação
Na avaliação dos “stores”

Deixo-lhe também ficar
Nos bens que para si reúne,
Muita luta a contestar
O Estatuto do Aluno!

P´ró Ministro Mário Lino
Das obras anunciadas,
Deixo um total desatino
Pois não são concretizadas!

Com respeito ao TGV
Só prevejo que deslize,
Fazendo uma marcha a ré
Por sobre os carris da crise!

Bem assim, o Aeroporto
Que o Lino tanto apregoa:
Por ter nascido tão torto
Eu deixo o mesmo em Lisboa!

Deixo a nova travessia
Sem carros p´rá outra margem.
E apenas a ferrovia
P´ra se poder seguir viagem!

P´ró Ministro das Finanças
Ver o saldo positivo,
Deixo p´ras suas cobranças
Um fisco mais invasivo.

Mas só p´rás contas dos pobres!
Porque os ricos, meus senhores,
Têm cá só alguns cobres!
Mas os milhões nos offshores!!!

Deixo-lhe um fraco orçamento
Que envolve as oposições!
Depois, a qualquer momento
Fará várias revisões!

Deixo verbas avultadas
P´ra salvar alguns banqueiros!!!
Obras públicas adiadas,
Porque há falta de dinheiros!

Ao Ministro da Economia
Com pena vou-lhe deixar:
O drama do dia a dia
Das empresas a fechar!

Deixo um esforço financeiro
P´rós sectores mais importantes:
Resta saber se o dinheiro
Não voa, como era dantes!!!

Deixo-lhe arte para atrair
P´ró país investimento,
É para não deixar sair
O que existe no momento.

Deixo o caso da Qimonda:
Aqui, houve intervenção!
Outras porém, vão na onda
Pois ninguém lhe bota a mão!

P'ra Ministra da Saúde
Prosseguir na sua acção,
Posto que teve a virtude
De travar a contestação,

Eu deixo hospitais privados
Que lhe darão mais sossego!
Centros de Saúde encerrados,
Enfermeiros no desemprego...

E ainda mais doentes
Sem médico de família!
A tomar bebidas quentes
Mezinhas ou chá de tília!!!

Deixo-lhe um curto orçamento
P'ra tantas necessidades;
E deixo o encerramento
Extensivo a mais unidades!!!

Deixo falta de assistência
Aos doentes reformados,
Para evitar a falência
Dos recursos instalados!

Deixo-lhe ainda ficar
Verbas gastas à partida,
Com quem quiser abortar
Ou dar a “morte assistida”!

Ao Ministro do Trabalho
E Segurança Social
Com as deixas não lhe falho,
E não fica nada mal!

Deixo um código flexível
P'ra tornar mais inseguro
O trabalho disponível
Na qual ninguém está seguro!!!

Deixo mais desempregados
E cada dia a aumentar;
Deixo por todos os lados
Só empresas a fechar!!!

Deixo cursos e cursinhos
De formação duvidosa!
Alguns simples arranjinhos
Com impunidade espantosa!!!

Deixo trabalho precário,
Negado pelos políticos,
Que p'ra enganar o otário
Forjam números estatísticos!!!

Deixo pensões de miséria
Para quem sempre trabalhou!
Pela política menos séria
Que sempre nos governou!

Quanto aos Negócios Estrangeiros
Deixo, ao seu Ministro Amado
Bons e importantes roteiros
Com lucro bem calculado.

Deixo-lhe algumas cimeiras
Para que, ao mais alto nível,
Possa discutir maneiras
De resolver o impossível!!!

Deixo acordos em Bruxelas
Que teremos de aceitar.
Deixo quotas e tabelas
Que os outros nos querem dar!!!

Deixo-lhe a subserviência
Às decisões dos maiores.
E deixo-lhe a competência
P'ra negociar “favores”!!!

Deixo-lhe helicópteros comprados
Para equipar o INEM;
Os quais foram recusados!
E a Economia é quem geme!!!

Deixo-lhe a diplomacia
Para que não seja banana!
Que impeça a refinaria
Nas margens do Guadiana!

P'ro Ministro d'Agricultura
Sem ser por gosto ou capricho
Deixo-lhe fruta madura
Que vai directa p'ró lixo!

E deixo para o País
(Todas as medidas são poucas)
A erradicação pela raiz
Da doença das vacas loucas!

Deixo as mais rocambolescas
Discussões, para bem do Mundo!
Deixo o assunto das pescas
P'ra evitar que vão ao fundo!

Deixo-lhe a contestação
Dos mais diversos sectores:
Lavradores, transformação,
Pecuária e os Pescadores!!!

Deixo verbas p'ra não gastar
E projectos atrasados!
Com gente a desesperar!
E campos abandonados!

E depois de eu constatar
Que as coisas andam tão tortas
Apenas p'ro chatear
Deixo-lhe à perna o Paulo Portas!

Para a Administração Interna
Mostrar que está atenta a isto,
Deixo polícia moderna
Se está d'acordo o Ministro.

Deixo à Polícia em geral
Para poder mostrar que actua,
Presos para o Tribunal
D'imediato pôr na rua!

Deixo-lhe acções programadas
Com direito a televisão
Autênticas cowboyadas
Que dão bons filmes de acção!!!

Deixo uma greve de zelo
Sem multas para ninguém,
Sei que não podem fazê-lo
Porém, fazem muito bem.

Deixo fiscalização
Do IGAT às Autarquias,
E muito mais atenção
A tantas anomalias!!!

E deixo a entrega devida
De verbas às freguesias!
Para permitir ser cumprida
A acção de todos os dias!

P'ro Ministro da Justiça
Deixo novos magistrados,
Para ver se os enfeitiça
Ao ver melhorar resultados...

Também lhe deixo ficar
Mudanças estruturais:
Para assim aliviar
De serviço, os tribunais.

Vou deixar alterações
Aos códigos judiciais
Que induzam a decisões
Mais justas e naturais!!!

Deixo total equidade
Nos processos em apreço,
Sem haver parcialidade
Por condição, cor ou berço!!!

Deixo locais destinados
Aos casos mais mediáticos:
Para não serem adiados
Mais casos problemáticos!!!

E ainda lhe deixo mais:
Que, no sentido mais lato,
Em todos os tribunais
Haja justiça de facto!!!

P'ro Ministro da Defesa
Não se sentir inferior,
Deixo, apesar da pobreza
Mais tropas para o exterior!

E deixo-lhe muito mar!
(É uma missão importante)
Para o mandar patrulhar,
Com veia de navegante!

Deixo as reivindicações
Da Liga dos Combatentes,
Que exigem compensações
Para os ex-soldados doentes!

Deixo alguns oficiais
Que, num total desalento,
Fazem ameaças tais
Nada próprias p'ró momento!!!

P'ro Ministro do Ambiente
Mostrar que é bom aprendiz!
Deixo-o na linha ascendente
De quem governa o País!!!

Depois do caso Freeport,
Sobreiros e outras asneiras,
Outros casos por má sorte
Como o Saco Azul de Felgueiras!

Deixo casos mais recentes
Cá em Felgueiras! Bem actuais!
São dois casos atinentes
A Centros Comerciais!!!

Que têm recuo “forçado”
Das decisões já tomadas:
P'ro Ministério visado
Não entrar em mais alhadas!!!

P'ro Ministro Santos Silva
Dos Assuntos Parlamentares,
Deixo estratégia que sirva
À defesa dos seus pares!

E deixo-lhe uma “granda lata”
Para, sem nenhum realismo,
Com linguagem barata
Ter ainda mais cinismo!!!

Aos eleitores portugueses
Deixo uma enooorme vassoura,
P'ra varrerem os “fregueses”
Habituais, da manjedoura...

P’rá Senhora Procuradora
Tão Cândida nas entrevistas,
Deixo notícias na hora
Que lhe possam dar mais pistas!!!

E p´ra avivar-lhe a memória
Eu também lhe vou deixar
Uma carta arrogatória
Que deverá bem, explicar.

Mas, para que não se amofine
Mais, porque este caso promete,
Deixo-lhe uma limousine
Para fazer mais algum frete!

Por fim, deixo-lhe ficar
A “pureza” da justiça!
P´ra que não venha a acusar
Alguém “por ter ido à missa”!

É claro que não esqueci,
De deixar p'ra Autarquia,
Qualquer coisa que entendi
Que algum jeito faria.

Começo por lhe deixar
Muita gente descontente!
Que opta por não falar
Com medo da Presidente!!!

Deixo pronta a ampliação
Ao gosto de uma Mulher!
Contra toda a oposição
Que não A soube demover!

Deixo-lhe obras para fazer;
(Mil) buracos p'ra tapar:
Deixo empresas, a morrer
Desemprego a disparar!!!

Deixo as IPSS’s sem futuro
P'ra fazerem o seu trabalho
Pois sem apoios... eu juro
Que muitos vão... dar o malho!!!

Deixo falta de dinheiro
P'ra obras essenciais!
Mas não quebro o mealheiro
Das custas judiciais!!!

Deixo-lhe um mau Orçamento
Que jamais será cumprido:
Pese embora o Parlamento
Assim o tenha “engolido”!!!

Deixo grande indignação
Perante as taxas imorais!
Mas também a suspeição
De que nem todas são legais...

Deixo a taxa mais incrível
Que alguém tenha imaginado!
Só não sei como é possível
Alguém tê-la autorizado!

Taxa de conservação?!
Designa-se assim, de facto:
É cobrada ao cidadão
Mesmo que não haja contrato!

Alguém poderia supôr,
Que por uma injustiça infinda,
Quem não é consumidor
Paga muito mais ainda?!!!

Deixo um grito de revolta!
E peço às autoridades,
Que investiguem na volta
Esta e mais enormidades!!!

Já agora, deixo ficar
Nova taxa! Tão perfeita!
Que em muito vai aumentar
O resultado da receita!

Taxa de circulação
Para os peões, na via pública!
Mas que grande inovação
P'ra as finanças da “República”!

Por fim, deixo-lhe um canil
Que recolha a canzoada,
Que à solta há mais de mil
E ninguém quer saber de nada!

P'ra Polícia Municipal
Dar mais algum rendimento
Eu deixo-lhe um festival
De multas de estacionamento.

Deixo cartas a chegar
Com denúncias irrelevantes
É que assim, podem mostrar
Que são Polícias brilhantes!

P'ra as Empresas Municipais
Cumprirem o seu papel,
Deixo-lhes projectos tais
Que vão dar um bom pastel!

Deixo “tachos” com fartura!
E novas contratações!
Que valem votos, na altura
Das sortes. Nas eleições!

Deixo uma grande enxurrada
Na Piscina Municipal:
Para que de uma só penada,
Acabar com o que está mal.

Vendo eu com muita mágoa,
Que as coisas não estão direitas,
Para não meter mais água
Deixo a reforma do Freitas.

É muito triste o mau estar
Que circula de boca em boca!
Por isso vou-lhe deixar
A decadência do FOCA!

Deixo-lhe ordem para acabar
Com invasões “estrangeiras”,
Para finalmente ficar
Disponível p’rá FELGUEIRAS!

Vou deixar à Biblioteca
Guarda-chuvas p'ros utentes
Não molharem a careca
Com chuvas persistentes!

E deixo alguns “oleados”
(Que a coisa está a ficar feia)
P'ra abrigar os deputados
Quando estão na Assembleia!

Deixo baldes com fartura
P'ra não estar tudo molhado,
Pois está má a conjuntura
P'ra se arranjar o telhado!

Cá p´ra vossa Presidente
O que me aprouve deixar?
Sendo uma herdeira exigente
Não a quis decepcionar.

Deixo-lhe, para começar
(Quem pensa Ela que engana?)
Uma conta a engordar
Num banco, lá em Montana!

Para dar continuação
Aos bens por mim outorgados,
Condeno-a à devolução
Do que há pago aos advogados!

Quinhentos mil que a Autarquia
Pagou de forma ilegal!
Que perdoar não podia
Mesmo sendo Carnaval!

Deixo-lhe um bom “sassarico”
No Carnaval Brasileiro,
No qual vai, com pobre ou rico
Abanar bem o traseiro!

E um disfarce verdadeiro!
Para andar de cara lavada.
Pois por cá, o tempo inteiro
Anda sempre mascarada!!!

Mas, a fim de a compensar
Desta acção tão maçadora,
Pensei dever-lhe deixar
“Um negócio na Amadora”!

Que tal uma sociedade
Com mais três sócios incríveis?
Tendo por actividade
A venda de combustíveis?!

O primeiro, condenado
No caso de corrupção,
Tendo estado implicado
“Nas Cartas de Condução”!

O segundo, foi-se Armando
Em Vara do guarda-chuva
Para a Dita ir abrigando
Enquanto a parra der uva...!

O Terceiro, que por sorte
Esteve ligado ao ambiente
No Saco Azul e Freeport
Está como Ela inocente!!!

Cá por mim faço um pedido
Aos órgãos de informação:
Deixem o caso adormecido
Para evitar mais confusão!

E enquanto o seu cargo abana
Deixo-lhe, por bem ou mal,
Quatro dias por semana
Como Ré no tribunal!

Se o Juiz autorizar
Porque a Dona é tão Versátil
Ponha lá, para trabalhar
Um computador portátil!

É que já comenta a malta:
“Quem é que comanda agora?”
Pois se Ela não faz falta
Porque não se vai embora?!

Deixo-lhe uma bela mansão
Na terra que a viu nascer:
E uma nova paixão
P´ra ter Saúde e Prazer!

Deixo as obras da Autarquia
Conforme a Sua vontade,
P´ra mostrar a quem não queria
Quem manda na Edilidade!

Deixo um bode expiatório
No caso ora em julgamento,
Sobrepondo o acessório
Ao principal argumento!

Deixo mais ambiguidades
Quanto aos donos dos terrenos
P´ra dar azo a habilidades,
Como no Estádio, mais ou menos!

Mais dois Centros Comerciais
(Logo coisa que se veja)!
Um, junto ao Estádio, nem mais,
E o outro, perto da Igreja!

Deixo-lhe a Feira de Maio
S.Pedro e coisas tais,
Que são os seu palcos de ensaio
P´ros momentos principais!

Deixo-lhe nabos aos molhos
P´ras próximas eleições:
Gentinha a quem tapa os olhos
Apregoando ilusões!!!

E alguns Pê Jotas traidores!
Os quais nas costas do povo,
Renegando os seus valores
Hão-de apoiá-la de novo!!!

Deixo um telefone vermelho
P´ra chantagear alguns tolos,
Pê Jotas deste Concelho
Que não passam duns parolos!

Só lhes liga, vão atrás
Dispostos a quaisquer fretes,
O assunto, tanto faz
Até comprar p´ra dar bilhetes!

Tenho mais p´ra lhe deixar
Mas, caramba, já não chega?!
Tudo bem. P´ra completar
Só mais uma p´rá “sossega”:

Deixo-lhe a apreciação
Do recurso que intentou,
Agravando a decisão
Que o Tribunal já tomou!

Ao Doutor João Garção
Que não será candidato,
Decidi deitar-lhe a mão
Porque senão vai ser chato!

Para não ter vida precária
Sem ter que contar os trocos,
Deixo-lhe uma pecuária
Em Arronches, Terra dos porcos.

Ele já está habituado
A com eles privar da pia,
Desde que foi nomeado
Número dois da Autarquia!

Agora tão bem nutridos
Estão prontos para abater,
Já que não é dos escolhidos
Vai ter outros p`ra vender!

Deixo-lhe uma enorme chatice
Pelos despachos assinados,
Sancionando a vigarice
Dos cheques, p´rós advogados!

Deixo o bem-bom da Senhora
Já que Ela O usou com manha!
E com a justiça agora
Vai ver-se em papos de aranha!

Ao Doutor Horácio Reis
Deixo-lhe o que não merece
Aquilo que já sabeis:
Concorrer pelo PS?!

Deixo-lhe a dúvida pois,
Pode até dar-se outra vez,
Pensar ser o número dois
E só ser o número três!

Foi o motivo da discórdia
E que o fez azedar
Mas é homem de concórdia
Se o deixarem mandar!

Lutou com tanta canseira
No Brasil, e aqui tão perto,
P´ra agradar à Brasileira
Mas falhou e não deu certo!

Vou deixar-lhe mais viagens
P´ra continuar na luta,
E ver se traz nas bagagens
Quem o queira p´rá recruta!

Depois de tanto gastar
Dinheiro que deu p´ró torto
Pensei dever-lhe deixar
P´ra vender “Vinho do Porto”,

Daquele que já falei
Outrora e que deu pastel,
Apreendido pela Lei
Certo dia na Marfel!

Ao Doutor Bruno Carvalho
Com ideias “tão profundas”
P´ra não ter muito trabalho
Em ter relva p´rás rotundas,

Vou deixar-lhe a garantia
De que o Lixa vai descer,
Tira a relva nesse dia
E pode o estádio vender!

É uma fonte de receita
Para a Câmara Municipal,
E p´ra deixar “obra feita”
Mais um Centro Comercial!

E, assim, se a Lixa não tem
Passa a ter de uma só vez
Para proveito de alguém,
Não um, não dois, mas... os três!

E dado que na Assembleia
Ela não o deixa falar,
Deixo-lhe uma caixa cheia
De chicletes p´ra mascar!

Por fim, deixo a esse “duque”
Do corruptível cartel
P´ra poder manter o look
Uma bisnaga de gel!

E o título de Vereador
Nas “provas” do Instituto,
P’ra ver se “passam” o Senhor
Mesmo sem Ele saber puto!!!

Quer, como um certo Engenheiro
Que é quem manda nisto tudo,
Beneficiar-se do poleiro
Para comprar o “canudo”!!!

P´ró Senhor Engenheiro Lima
Que trocou de “camisola”
Deixo, p´ra ver se se anima
O alargamento da Escola.

Rendido ao Projecto Técnico
Para a Quinta do Curral,
Conserva o cargo académico
E com “Tusa musical”

P´ra aumentar o património
Da herança da mulher,
Vendeu a alma ao “demónio”
Por um “negócio qualquer”!!!

Com a alma assim cativa,
Deixo-lhe por prémio, digamos
Uma zona desportiva
Nuns terrenos em Caramos!

P´ró Doutor Caldas Afonso
Vereador da “(o) posição”
Com essa cara de sonso
Deixo-lhe a reeleição!

Tem de estar Sempre Presente
Já que tem lugar cativo,
Queira ou não, há-de ir p´rá frente
Ser “mandado” no Executivo.

Vou deixar-lhe de presente
P´ra ver seu rosto risonho,
O cargo de Presidente
Que não passará dum sonho!

E, porque a um frustrado
Recomenda uns miminhos,
Ao doutorzinho mimado
Eu deixo alguns “carrinhos”!

P´ró Professor Comandante
Por Campos mais conhecido
Deixo-lhe mais p´ra diante
O fim do cargo exercido.

P´ra poder ser mais feliz
Passada a política à história
E fazer o que sempre quis
Deixo-o p´ró Reino da Glória.

Sendo O homem social
Um porreiro entre os porreiros
Vou deixar-lhe capital
Para o Lar e P´rós Bombeiros.

Ao Presidente da A. M.
Não andar por aí à toa!
Deixo-o ficar ao leme
Da campanha da Patroa!

Assim, deixo-lhe ficar
A grande oportunidade
De uns bons euros ganhar...
Bem depressa! E à vontade!

E nesse ambiente propício
Porque a vida é p´rós astutos,
Deixo-lhe para matar o vício,
Uma caixa de charutos!

Deixo-lhe ainda um tachinho
Que por certo alguém o forja!!!
“Não estou a ver o Landinho
A vender pregos na loja”!

Um cargo de director
De qualquer coisa arranjada
Com estatuto de Doutor
Mesmo que não mande nada!

Porque oiço muitas críticas
Aos políticos locais,
Deixo às Comissões Políticas
Alguns bens essenciais.

Antes, quero perguntar
Se está em causa algum medo?
Ou se acham que, p'ra anunciar
Os candidatos, é cedo?!!!

Começo pelo P.S.:
Tão por baixo no momento!
Mas só tem o que merece,
Não admira o desalento!

P´ra ajudar, pensei: primeiro
Já que a circunstância pede,
Vou deixar-lhe algum dinheiro
Para a escritura da Sede.

Deixo muitos militantes
Que agora são tão pouquinhos!!!
Ponho assim termo às gritantes
Listinhas dos amiguinhos!

Deixo coragem para enfrentar
A pressão de muita crítica,
No dia em que retirar
A confiança política!

Aos Pê Jotas desertores
Que, enganando toda a gente,
Não passam de uns traidores
Servindo o Sempre Presente!

E deixo-lhe um candidato
Que possa virar o jogo:
Homem de peso e cordato,
Que chegando, vence-A logo!!!

Para o P.S.D., no caso,
Melhores dias lhe desejo.
E pelas rendas em atraso!
Deixo-lhe uma acção de despejo!

Deixo-lhe toda a coragem,
Pois sei que vai precisar:
Para expulsar da engrenagem
Quem a anda a emperrar!!!

É o caso dalguns Pê Jotas
Que Motivam muita crítica!
Mas até mesmo entre portas,
Lá na Comissão Política!!!

Acrescem os vereadores
Eleitos pelo partido,
Eles não passam de uns traidores
Que bem se têm servido!!!

Deixo-lhe de olhos fechados,
Uma lista ganhadora:
Que obtenha resultados
Iguais às listas de outrora!

E deixo-lhe um candidato
Que seja forte e coeso:
Com as “mãos limpas” de facto
E que não tenha o rabo preso!!!

Mais à esquerda, para o Bloco
Fazer grafites com pinta,
(Alguns de partir o côco)
Deixo-lhe pincéis e tinta.

Deixo um projecto de lei
Proposto pelo Governo!
Para que vote a causa Gay
Esse partido moderno!!!

E deixo a constatação
Que penso, ninguém enjeita,
De que sendo oposição
Gostam muita da “direita”!!!

Neste processo “garoto”
Ainda lhe deixo eu:
A liberdade do voto.
Pois, se o rabo não é meu!!!

À C D U vou deixar
P´ra ver se aumenta ao pecúlio,
Um conselho para avançar
Com uma lista do Júlio.

Deixo-lhe a ressurreição
Para poder tê-lo de novo
A fazer oposição,
Sempre em defesa do povo.

E um lugar de Deputado
Na Assembleia Municipal,
Lá não vai ficar calado
Ante aquilo que está mal!!!

Deixo-lhe bancos no jardim
Bem no centro da cidade
Para que, reunidos assim
Tenham mais visibilidade!

P´ró C D S – PP
Voltar a ser como dantes,
Deixo esse assunto à mercê
Da união dos militantes.

E tem de ser feito agora,
Para entrar no bom caminho.
Deixo a aposta salvadora
No regresso do Paulinho!

Pois só com muita união
E um líder que se veja,
Se fará a “confecção”,
De qualquer lista que seja!!!

Doutra forma, meus senhores,
Afirmo com muita pena
Ninguém vos livra das “dores”
Nem a Santa Madalena!!!

E quanto ao Sempre Presente
Por cá muito “popular”!
Pensei mui maduramente
Sobre o que lhe vou deixar!

Deixo-lhe todos os traidores
Que, sendo de outros partidos,
D´Ela são embaixadores.
E, por isso, são escolhidos!

Deixo-lhe o “compadrio”!
E as promessas de emprego
Para as famílias! (sem brio)
E só não vê quem é “cego”!!!

Deixo luvas d´empreiteiros!!!
E, com corrupção tamanha,
Vou deixar alguns dinheiros
Para pagar a campanha!!!

Deixo-lhe muitos “Lelinhos”
Que acreditam em glutões!
E que trocam por beijinhos
O voto nas eleições!

Deixo a dúvida no ar:
Vai ter de novo a vitória?!
Os eleitores, se calhar,
São gente que tem memória!

Ao Doutor Sousa Oliveira
Tão íntegro e imparcial!!!
Deixo-lhe o pau da bandeira
Da Câmara Municipal!!!

P´ra manter o privilégio
Que o liga à Dona do leme,
Deixo-lhe o despacho régio
Que altere o PDM!!!

Que é p´ra assim poder vender
Terrenos com margem alta!
E tudo poder fazer
Sem passar cavaco à malta!!!

Deixo-lhe outro matrimónio
Com quem um dia se casou!
Afinal, o património
Há muito que o “agasalhou”!!!

Deixo uma lua-de-mel
Por terras do nascimento,
Da tão amada e “fiel”
Que o leva em casamento!

Testemunhas vou deixar
Prontinhas a dar resposta,
Depois que o Dito as treinar
Como sabe bem, e gosta!!!

Deixo-lhe ainda ficar
Nestas palavras lacónicas,
Meios para efectuar
Se quiser, escutas telefónicas!!!

E um jardim bem “podado”
Para lá ir passear:
Bem florido e asseado
P´rós seus olhos deleitar!

P´ró lambão de Matosinhos
Barbieri Cardoso
P´ra não incomodar vizinhos
Co’as visitas ao manhoso

Vou deixar-lhe um ascensor
Potente e exclusivo,
Que as visitas ao senhor
Dão-lhe trabalho intensivo!

Deixo verba garantida
Para fazer a Manutenção,
Verba essa conseguida
Da forma como verão:

É com a inocência dos “Zés”
Com as obras encravadas
Bater-lhe à porta c´os pés
Porque as mãos estão ocupadas!

Deixo transporte directo
Felgueiras a Matosinhos,
Para que pareça mais perto
A viagem aos tolinhos!

P´ro Presidente de Aião
Ver se em Outubro se amanha,
Já que usava a profissão
A fim de fazer campanha,

Deixo o retorno do giro
Que lhe foi subtraído
E ainda lhe confiro
Uma cunha no partido!

P´ró Presidente de Airães
Deixo a recuperação
Lá da casa de Ansiães
Dos bordados de eleição!

Lá aprendeu a dar ao dedo
Senão Ela bem o quilha,
Aí reside o segredo
Que mantém o emprego à filha!

E porque tal acontece
Deixo-lhe, obviamente,
O abandono do PS
P´ra ir p´ró Sempre Presente!

P´ró Presidente de Borba
Não se enredar na política,
P´ra afastar O que estorva
Deixo decisão pacífica.

O seu próprio afastamento
Eu também lhe vou deixar,
E o terceiro elemento
P´ra ocupar o seu lugar!

Ao Presidente de Caramos
Quem tem obrado tão bem
Irei deixar-lhe, digamos,
Pois se não paga a ninguém!...

Que tal, um financiamento?
Ele bem que vai precisar
P´ra pagar tanto cimento
Que andou por lá a espalhar!

Agora que já está rico
E não quer mais confusões
Digo eu, que o mafarrico
Vai perder as eleições!

Caiu tão mal o percalço
Da Capela Mortuária,
Vou deixar-lhe um padre falso
P´ra dar a bênção Falsária!

P´rá festa ser mais bonita
E o Sampaio ficar mais contente,
Deixo, para cortar a fita,
A ilustre Presidente!

E o Padre da freguesia
Que à Senhora não dá troco,
Se ficar com muita azia
Olhe, coma um ovo Choco!

Por fim deixo-lhe ficar
Uma carta onde Ele se chora,
Facto que só vem provar
Que está quase a ir-se embora!

Não adianta negar mais
Que a verdade sei-a eu,
As impressões digitais
Confirmam quem a escreveu!

Ao Presidente de Friande
Sem dinheiro para gastar,
Em uma obra tão grande
Com buracos para tapar!


Para ajudar o culpado
Decidi que vou deixar,
Um texto abaixo-assinado
Para a Câmara pressionar!

Sei que Ela não vai gostar,
Odeia manifestações
Que A possam prejudicar
Tão perto das eleições

Por isso, força João
Mobiliza-me essa gente,
Para dares um abanão
Na Dita Sempre Presente.

Deixo ao Presidente de Idães
Que tem feito por merecê-lo,
P´ra ganhar mais uns vinténs
O seguro do Zé do Bustelo!

Que foi preciso fazê-lo
Por ser tão ameaçado,
Pois é preciso mantê-lo
E sempre actualizado.

Leia p´ra estar informado
Do sentir do cidadão,
Quando se sente enganado
Por aqueles que para lá vão!

O Presidente de Jugueiros
Morador no Avelal,
Foi o principal dos herdeiros
No passado Carnaval.

Distraído com os motores
A obra ficou parada,
Previno os seus eleitores
Que não lhe deixo ficar nada!

Nem sequer a eleição
Para o próximo sufrágio
Não admito traição,
É esse o meu apanágio!

E se não tem competência
P´ra continuar na política,
Que vá lavar a indecência
Nas águas da Mini Hídrica.

P´ro Presidente de Lagares
Ter tempo para a sardinha,
Deixo-lhe a mudança de ares
Pois chegou ao fim da linha.

Sei que está Sempre Presente
De acordo com o que Ela quer,
Oferece peixe, contente
P´ros comícios da Mulher!

P´ró Presidente de Lordelo
Deixo-lhe a aposentação,
É o que deve fazê-lo
P´ra entrar noutra geração!

Nem que seja a dinastia
Dos Pinto a continuar,
P'ra não se esvaziar a pia
Do tal bolo alimentar!

Sei que é um tipo porreiro
Nem lá vai nem faz minga,
Precisa é de um preguiceiro
E de uma boa pinga!

P´ró Presidente de Macieira
Não andar sempre a mudar,
Deixo-lhe uma grande eira
P´ró pessoal lhe malhar!

Por tanto virar, não há
Alfaiate que lhe resista,
Não lhe vai ser fácil por lá
Fazer uma boa lista!

Ao democrata profundo
“Que boicota quase tudo”,
Deixo-lhe um buraco no fundo
Para enfiar o canudo!

E a visita dum vereador
Vindo da Câmara do Porto,
P´ra ensinar o Senhor
A ver bem o que está torto!

Com respeito a Margaride
Deixo o quê ao Presidente
O qual não passa pevide
À líder Sempre Presente?

Não foi fácil delinear
A lista de bens mais útil:
Pois não lhe quero deixar
Nada que possa ser fútil!

Vendo bem o seu percurso,
Reparei nalguns deslizes!
Vi que deu o seu concurso
A decisões infelizes!!!

P´ra deixar de ser maroto
E respeitar decisões,
Deixo-lhe coerência no voto
Nas grandes decisões!

P´ra não voltar a fazer
O que fez, digo com Mágoa!
Ao não conseguir dizer
Não, aos aumentos da água!

Vou deixar-lhe orelhas moucas
Para evitar a inocência,
De escutar palavras loucas
Oriundas da Presidência...

Deixo-lhe ainda um cachorrinho
P´ra D´Ela guardar-lhe o medo,
E assim voltar ao caminho
Como um Presidente ledo!

P´ra debater confusões
Frequentes, no dia a dia,
Sobre as atribuições
Da Junta de freguesia!

Deixo um texto informativo
Pois acho que é pertinente,
Que seja elucidativo
E que chegue a toda a gente!

Deixo-lhe a força da razão
Dos argumentos legais,
P´ra impedir a construção
De Centros Comerciais!

Deixo verba p´ra manter
O regime de meio tempo:
Que é p´rá Junta poder
Manter um bom funcionamento!

Já que o Governo cortou
Mesmo a nível nacional,
Ou será que se tratou
Duma graça de Carnaval?

Por fim deixo-lhe a esperança
De algo que há muito queria,
A certeza da mudança
De líder na Autarquia.

P´ro Presidente de Moure
Luvas de boxe lhe deixo,
Pois se for preciso estoure
A mais malandros o queixo!

E quem quiser que se safe,
Mas que não se porte mal.
Ele faz justiça de Fafe
Sem ter que ir ao Tribunal.

Ainda bem que assim é
Não há espaço para audiência,
Porque ocupado pela Ré
Onde exerce a Presidência!

Deixo-lhe nova eleição
Com a lista que já tem,
O povo apoia o João
Mas tem que se portar bem!

Deixo-lhe ainda também
Para bem da freguesia,
O uso da força que tem
P´ra enfrentar a Autarquia!

P´ro Presidente da Pedreira
Fartinho de levar tanga,
Antes que perca a estribeira,
Tenho uma coisa na manga.

Vou-lhe deixar um lugar
Na Assembleia Municipal,
Visto que sabe lutar
E é íntegro, afinal!

Deixo-lhe ainda vontade
De dar a cooperação
À nova lista que há-de
Concorrer à eleição.

P´ro Presidente de Penacova
Que lá no alto se amola,
Vou deixar-lhe a boa nova
De que nunca terá lá a escola.

Um bem porque tanto luta
Estando Regilde em primeiro,
Mas que perdeu na disputa
Para o “museu” de Pombeiro!

P´ra acalmar o seu sentimento
Decidi deixar-lhe até,
A rede de saneamento
Que escorra bem p´ro sopé!

Os que se irão consolar?
Regilde e S. Jorge de Vizela.
Quem do cheiro não gostar
Que se vá queixar a Ela!

P´ró Presidente de Pinheiro
Por ter traído o PS,
Deixo outro timoneiro
Que a freguesia merece!

Não sei onde vou buscá-lo
Que aí os homens não valem nada,
Já pensei mesmo trocá-lo
Por uma mulher bem formada!

É uma questão de cultura
Aonde a bebida impera,
Vou deixar uma criatura
Que desenvolva essa terra.

P´ró Presidente de Pombeiro
Que falhou com toda a gente,
Pois só tem sido porreiro
P´ra servir a Presidente!

3 Miguéis lhe vou deixar
Que mobilizem o povo
P´ra mor de recuperar,
A estrada roubada, de novo!

E um CARvALHO frondoso
Que substitua o que havia,
P´ra consolar o vaidoso
Que governa a Freguesia!

Mas deixo-lhe ainda mais:
Já que os recursos são parcos,
Os meios policiais
Que tragam de volta os marcos!

P´ró Presidente de Rande
Deixar de se lamentar,
Deixo-lhe uma Vila Grande
P´ra terra valorizar.

Desde lá do fundo às alturas
P´rá Vila ficar jeitosa,
Vou deixar infra-estruturas
E grande obra harmoniosa!

E se tal não for avante
Digo aqui à boca-cheia:
Se é para o marasmo constante
Que seja de novo aldeia!

Deixo-lhe a continuidade
Dos eventos Culturais,
Para provar à cidade
Que os pequenos fazem mais.

Ao Presidente da Refontoura
Deixo-lhe mais coerência
P´ra não ir à Corredoura
Bajular sua Excelência.

P´ra manter a opinião
Deixo-lhe ficar coragem,
P´ra quando da votação
Não entrar em derrapagem!

Ao Presidente de Regilde,
O Traidor mais assumido
Deixo-lhe a Bota Botilde
Como prémio de ser corrido.

Deixo a escola prometida
Mas digo-te ilustre herdeiro:
Que ela vai ser construída
Mas em Terras de Pombeiro!

E de acordo com o projecto
A fim de não ficar mal
Deixo-te um pavilhãozeco
De construção virtual!

À Presidente de Revinhade
Que deu azo a muita crítica
Olhando p´ra a sua idade
Deixo-lhe e reforma politica!

E o caminho p´ra alargar
Já que falhou a promessa,
P´ra melhor em casa entrar
Embora Ela não mereça!

P´ró Presidente de Santão
Defender mais a patroa,
Eu deixo-lhe outra edição
P´ra poder falar à toa.

E centro de saúde fechado
P´ra promover bem a rixa
Um povo revoltado
Por não querer ir para a Lixa!

Deixo-lhe ainda ficar
A dívida da promessa,
P´ra em privado A insultar
Entre uma e outra conversa.

E p´ra mor de se afastar
E ficar por Amarante,
Uns patins lhe vou deixar
Que chega lá num instante!

P´ró de São Jorge de Vizela
Que muda constantemente,
Que vai concorrer por Ela
Nas listas “sempre Presente”!

Vou-lhe deixar uma ETAR
Por causa da questão nova,
Pois que vai ter que tratar
Os dejectos de Penacova!

Deixo-lhe algumas licenças
Para estreitar as ruas.
Provisórias desavenças
Para avançar d`arrecuas!

P´ró Presidente de Sendim
Tinha muito que deixar,
Tantas obras sem ter fim
Que é preciso acabar!

Vejam só o Sumidoiro
E a estrada principal,
A lixeira é um tesoiro
Que não dá rumo afinal.

Por ser tão incompetente
Tudo foi comprometido,
Apoia o Sempre Presente
Atraiçoando o Partido!

Assim sendo, não merece
Receber qualquer legado,
É isso que estabelece
No testamento, o finado.

Ao Presidente de Sernande
Que até parece vendido
Afim de que jamais ande
A trair o seu partido,

Deixo-lhe maturidade
P´ra não se expôr à crítica,
E a responsabilidade
Por ser da comissão politica!

Senão, tem que ser banido
Queira o Senhor ou não queira,
Como o Costa foi corrido
Da comissão fabriqueira!

P´ró Presidente de Sousa
Deixo-lhe a reeleição,
Que a confiança repousa
Entre os que o voto lhe dão.

Deixo-lhe muita atenção
Que vai ter daqui p´ra a frente,
Tem que contar com a pressão
Da lista Sempre Presente!

Ao Presidente de Torrados
Que não interessa ao PS
Deixo um grupo de atrasados
Porque melhor, não merece.

E deixo-lhe um forte incentivo
Àquela Comunidade,
P´ra que o grupo desportivo
Reponha a “legalidade”!

E não deixem perverter
A doação do Padre Zé,
E p´ra associação não morrer
Vá lá, ponham-na de pé!

Deixo o embargo da obra
Feita de forma abusiva,
Que é fruto de uma manobra
Do seu Presidente e da “Diva”!

P´ró Presidente de Unhão
Que quer estar Sempre Presente,
Deixo a derrota na eleição
Numa lista independente!

Deixo-lhe um espelho convexo
P´ra ver bem a figurinha,
Das atitudes sem nexo
Sempre ao dispôr da Madrinha!

P´ra Várzea, ao seu Presidente
Vou deixar-lhe neste dia
Trabalho extra, emergente
Dos Abusos do Faria!

É de Favor ou Corrupção
Que o tal trabalho deriva?
Trata-se da manutenção
Dos carros da Cooperativa!!!

P´ró Presidente de Varziela
Poder cortar a ”Corrente”
Que o mantém preso a Ela
Deixo um corta-arame potente.

E uma boa decisão
Que se encaixe no contexto,
E p´ra levar mais prendinhas
Deixo à esposa outro cesto!

Ao Presidente de Vila Cova,
Que tão mal se tem portado,
Deixo-lhe uma lista nova
Para ir p´ra outro lado.

É um Presidente invertido
Como se fora um “bicha”,
Já que traiu o Partido
E a confiança da Lixa.

E deixo no seu caminho
Uma surpresa garota,
Pois que vai ter o Gostinho
Da certeza da derrota.

Mesmo que venha a angariar
Seguindo caminhos tortos,
Um terreno p´ra alargar
A área para mais mortos!

Deixo um projecto encravado
Apesar de prometido
Que seria licenciado,
Pois, que o havia merecido!!!

Precisará de ter sorte
Já que, no auge da rixa,
Para trazer um Freeport
Mesmo à dimensão da Lixa!

Por fim, deixo a sensatez
Que exige assunto tão sério,
P´ra tratar com honradez
O “Caso do Cemitério”!

À Presidente de Vila Fria
Com tachinho na Emafel,
Conseguindo como queria
Para garantir o pastel.

Vou deixar-lhe má memória
D´uma jovem tão atípica,
Da forma de passar à história
D´uma comissão política!

E pelos feitos atingidos
Vou deixar-lhe no Carnaval,
Uns sorrisinhos fingidos
E uma candidatura virtual!

E uma coligação
Com o Tal da Cercifel,
Uma “Junta“ de eleição
Nem que seja na Emafel!

P´ro Presidente de Vila Verde
Verdadeiro dinossauro
P´ra ver se não se perde
Neste testamento, eu o instauro,

No principal candidato
Apesar do seu ocaso,
Continua ainda a ser apto
Nem que seja eleito a prazo!

Para a USAF, encolhida
Não ficar mal, afinal,
Deixo um júri que decida
Sobre os “Contos de Natal”!

Deixo um machado que corte
A evidente censura!
Talvez assim eu conforte
Quem não quer a Dita Dura!

P'ra que a Cooperativa Agrícola
Nunca se deixe afundar
Nesta crise tão ridícula
Que a todos está a afectar,

Deixo-lhe verbas para pagar
Aos senhores Associados!
Para não terem de entregar
Os produtos noutros lados!!!

Também lhe deixo o aumento
Do Capital Social:
Bons negócios lhe fomento
No mercado mundial.

Mando a contabilidade
Para a análise(s) apertada!
Ficará mais à vontade
A direcção instalada...

Deixo oficina exclusiva
De um amigo do “Chefão”
P'ra frota da cooperativa
Fazer lá a manutenção!

E pr'a bem acautelar
O que aos vinhos concerne,
Até lhe deixo ficar
O enólogo de Maderne...

Essa tão boa intenção
De partilha da experiência,
É fruto de uma gestão
De inegável competência!

Deixo um estágio para lançar
Um novo enologozinho:
O qual se há-de tornar
No orgulho do Paizinho!

Deixo o consumo a descer
Como a taxa de alcoolemia,
Quase não pode beber
Quem conduzir, qualquer dia!

Por fim, deixo a Confraria
Para o vinho promover:
Mas, numa doce alquimia
Só promove a Chanceler!

Para não faltar nesse dia,
Ponderei de forma séria
No que deixar à Confraria
Dos Irmão de Santa Quitéria.

Deixo-lhe uma Mesa simpática
Que facilite as partilhas,
Doando o Alto na prática,
No Monte das Maravilhas!!!

E uma Capela vou deixar
Junto ao Marco do Pinoco,
Com “Fatinha” no Altar!
Vai lá brilhar outro foco!!!

Um foco de amor e fé
No mistério do Calvário!
P’ra atrair mais gente até
Do que mesmo o Santuário!!!

Deixo-lhe mais Romarias!
E mais Peregrinações!
Deixo muitas heresias
Por via das confusões!!!

E se perante a Autarquia
A vassalagem é tanta!
Quem sabe se eu, qualquer dia,
Lhe deixo A outra “Santa”!!!

“Santa já canonizada”
Por acção de muitas famílias,
Com muita cera queimada
Em orações e vigílias!

E p´ro Expresso de Felgueiras
Vou deixar neste contexto:
P´ra corrigir as asneiras
Um bom revisor de texto!

E leitores com fartura
Como há muito não se via:
Mais o lápis da censura
Das notícias da Autarquia!

Vou deixar ao Semanário
Alguns casos p´ra encobrir
Pôr o Hoernesto em vigário
Ou o inverso a seguir.

P´ró Senhor Director então
Não se sentir inibido,
Deixo-lhe a desvinculação
Dos cargos onde “está metido”...

E para o Jornal da Lixa
Um semanário entre tantos,
Para ver se mais capricha
Deixo o opinador Campos!

Homem sério a opinar
Sobre assuntos importantes,
É o Marcelo do lugar
Dos casos mais relevantes!

Para a Associação de Pais
Da Escola de Moutelas,
Deixo-lhe ampolas das “tais”
Que obrigam a abrir as janelas.

E análises falseadas
Do porquê daquele mau cheiro
Com as águas misturadas
Com amoníaco, primeiro.

Deixo frascos esterilizados
P'ra se saber onde está
A origem dos falados
Maus cheiros que há por lá!

Deixo a concretização
Conforme o abaixo-assinado
Da tal manifestação
Se o caso não for tratado!

Deixo-lhes muita atenção
E que não sejam zarolhos,
Porque a justificação
Só serviu p'ra tapar olhos!

E deixo à Escola Frei Lucas
Para poder colmatar
Tantas ideias malucas,
Terreno para alargar!

E deixo-lhe infraestruturas
Que na verdade não tem
Nem parque p'ra viaturas
Nem recreio p'ra ninguém!

E p'ra Escola de Padroso
Que até funciona bem,
Deixo um dado tenebroso
O encerramento aí vem.

Está tão bem localizada
P’ras crianças lá no fundo,
E p'ra não fazer a estrada
P´ro Bairro João Paulo II!

À nossa Rádio Felgueiras
Deixo, para animar a malta
Regatões e regateiras
Sempre os mesmos na ribalta!!!

Deixo-lhe um telefone directo
(Que agora está barato)
Que se destina, em concreto,
A beijinhos p'ró cão... p'ró gato.

Deixo uma lista telefónica
Que é p'ra não esquecer ninguém
E por fim, com voz afónica
Dou a vez a mais alguém.

E um DJ robotizado
Que possa quebrar o galho,
Daquele pessoal cansado
Que dá um tiro ao trabalho!

Deixo, que a falta se sente,
Um jornalista zeloso!
Ainda mais incompetente...
E muito mais preguiçoso.

Deixo-lhe mais subserviência
Aos caprichos da Patroa
Que com toda a prepotência
Controla a Rádio, na boa...

Já nem as sessões da Assembleia
(Numa atitude submissa)
Transmite. Que coisa feia!
É mais importante a missa!!!

Escutando as rádios vizinhas
Seja à direita ou à esquerda,
Nas mais pequenas coisinhas
Vê-se que a nossa é uma (m)perda!

E porque tenho vontade
De, do caos poder tirá-la,
Deixo uma séria entidade
Que se atreva a comprá-la.

Se mesmo assim não mudar?
Com tristeza e desalento,
Pretendo deixar ficar
A chave do encerramento.

E se a Rádio não gostou
Daquilo que lhe deixei,
Porque se calhar achou
Que é injusto o que falei.

Desafio-a neste momento
A mostrar que eu estou errado,
Basta ler o testamento
Num bom programa animado.

E p'ros clubes desportivos
Que a malta tanto acarinha!
Aos mais representativos
Vou deixar qualquer coisinha.

Para a Lixa, o mais sensato
É mesmo a despromoção.
Só assim, no imediato
Deixo-lhe a continuação.

Não remem contra a maré
P'ra não se afundarem mais!!!
E o melhor que deixo é,
Jogar nos Regionais.

Para o CAF, vou deixar
A subida de escalão.
Eu não me devo enganar
Vendo a sua posição!

E assim digo, minha gente,
O CAF vai jogar com o Lixa!
Oh, que jornada tão quente!
Tal como o pão e salsicha!

E agora para o Barrosas,
Deixo um aviso solene:
Não pensem que é tudo rosas
Ter o Rui Luís ao leme!!!

A protecção evidente
Da Autarquia, como escudo!!!
Tem de estar Sempre Presente,
Senão, acabou-se tudo!

Veja-se o que aconteceu
No Felgueiras, no passado
Tanto a Câmara se envolveu,
Que o clube está “acabado”!

Para o Várzea vou deixar
Uma pista d' Atletismo.
Mas não é só p'ra enganar,
Como a pista do “cinismo”!

Esta porém, meus senhores
Assim como tem de ser,
Terá oito corredores,
Para lá se poder correr!

P'rá pista da mentirinha
Com corredores pela metade,
Que vá p'ra lá a Madrinha
Que corre mais à vontade!

Bem, acho que vou terminar.
Já estou bastante cansado.
Dei tudo o que tinha a dar
Posso morrer descansado.

Com os meus bens destinados
Como entendi, bem ou mal,
Reservei alguns trocados
P'rós custos do funeral.

Como disse, quis ser justo.
Mas sei que efectivamente
Um legado tão robusto
Não chega p'ra toda a gente.

Contudo, se não me engano,
Quem cá fica segue em frente:
E pode ser que para o ano
A coisa seja diferente.

Digo então, Adeus a todos.
Pois chegou o meu final
Sejam felizes a rodos
Curtam bem o Carnaval...

E eu, Zézinha Morgado,
Declaro neste momento:
Este acto é terminado
E encerro o Testamento.